quinta-feira, 11 de março de 2010

O Encantador Mundo dos Karaokês!


Eu nunca imaginei que Karaokê faria parte de minha vida! Durante muito tempo, a imagem desse tipo de diversão foi muito diferente da que tenho hoje. Uma verdadeira onda de um modismo - nos últimos anos da década de 80 – fez com que eu e um grupo de amigos fossemos a uma dessas casas no tradicional bairro da Bela Vista. Era uma casa enorme e no nosso grupo não havia coragem suficiente para arriscar os palcos. O sistema era muito diferente. Na lembrança volta a minha mente um play-back com letrinhas rudimentares de computador. 

Arrisquei cantar com uma amiga "entre tapas e beijos", o hit sertanejo da época!  Desesperador! Uma das piores situações de vexame que passei em minha vida! Mal ouvíamos a música... impossível acompanhar a letra... a plateia nos ignorando e sai do local com a sensação de nunca mais cantaria! Sinceramente daí em diante nem sequer lembrava mais da palavra karaokê!

Alguns anos depois um amigo comprou um DVD/videokê. Ele canta muito bem... e eu tentei novamente. O maior sufoco era perceber que minha voz não saia. E eu não entendia bem o porquê! Certa vez no sítio do tio de uma amiga existia um videokê instalado. Um momento mágico aconteceu! O equipamento dava notas de avaliação. Em um dueto inesperado com essa mesma amiga cantamos “águas de março” e para surpresa os aspirantes a Tom Jobim e Elis Regina levaram nota máxima. Na mesma noite voltamos inúmeras vezes a cantar a mesma canção. Pela primeira vez gostei do que ouvi... mas... parou por ali! Uma vez fui também em um local muito bonito chamado Made in Japan na Mooca!

Essa minha história é retomada em meados de 2006. Este foi um ano de efervescência e plenitude para mim! E justamente, neste ano meu grande amigo Messias passou a ser parceiro constante de noitadas. E como em todas grandes amizades aprendemos e ensinamos! Devo ter ensinado algumas coisas para ele, porém ele com certeza me ensinou muito sobre karaokês e fui devidamente iniciado como karaokista!

Nas nossas opções de baladas, ele sempre incluía antes ou depois da balada principal, uma escapulida num butecão da Rua Heitor Penteado (SP) onde havia uma máquina de videokê. Hoje, eu avalio que esse período foi excelente para me destravar, pois muitas vezes estávamos apenas os dois e alguns copos de caipirinha. Messias já tinha tradição em karaokês, mas fora de São Paulo. Então começamos a explorar os karaokês da cidade. 
Em uma noite outubro fomos ao Musical Show... lá chegando havia a festa de aniversário de quem hoje é uma grande amiga: a Lucila Lopes. O local era bem agradável e fomos recebidos pela querida Noemy Caangi que é uma anfitriã muito especial. Ela é também hoje nossa amiga e abriu contatos com tantas outras pessoas como seu esposo e sócio Pedro e o Sergio Ivanchuk. Lá também conhecemos o inigualável Frajola

Alguns meses após começamos a frequentar o Circuito’s Bar. Lá conhecemos a Vilma com um coração enorme e um carinho que conquistou nossa amizade. Conhecemos tanta gente... a Paula Sampaio, Andrei, Mara di Maio & família, Cabral, Fairuz, Ana Lúcia, Vânia, Valkiria foram tantas pessoas que com certeza farei injustiça não citando muita gente. Mas esses foram os primeiros! Lá fui até finalista de um Festival, mas tive a coerência de me retirar e dar espaço a grandes cantores! Cantei na semifinal Spider Man e pude interpretar... além de cantar... experiência inesquecível!

Conhecemos outras casas também como o Corcoran e o Yellow K. Depois de um tempo fomos algumas vezes ao Studium. Há um ano e meio participei de um coral e os ensaios com um maestro exigente ajudaram muito a melhorar as performances no palco! Aprendi a colocar minha voz e não faço mais tão feio! Descobri então que cantar em um karaokê é de verdade um encanto. Muitos talentos se revelam. Cantar... qualquer um canta! Até debaixo do chuveiro uma boa cantoria muita gente arrisca, porém ter a ousadia de subir em um palco e soltar a voz me fez reconhecer limitações e superar alguns desafios! 

Recentemente, eu e Messias pensamos em montar uma casa diferenciada. Num momento de inspiração profunda ele surgiu com a simplicidade correta do nome DoReMi. Como publicitário atuante no mercado... vibrei com essa denominação e tinha certeza que seria não apenas um nome, e sim uma marca que transmitiria o melhor do que um karaokê pode oferecer! Buscamos mais pessoas para nos ajudar a colocar um novo conceito à disposição dos karaokistas. Infelizmente, as pessoas nem sempre tem os mesmos objetivos. Então essa  proposta de alegria com muitas fotos e uma comunicação eficiente com clientes e amigos precisou tomar outros rumos. Não há fórmula correta ou errada, mas sonhos que são compartilhados que se transformam em realidade.

Hoje, o DoReMi tornou-se Projeto DoReMi e em breve terá novos rumos. Essa proposta é ampla como comprova este blog, que já faz parte desse conceito de aglutinar pessoas e conquistar amigos. Continuamos respeitando todas essas casas que nos acolheram com tanta amizade e a quem reverenciamos!

Para finalizar, celebro a simpatia pura e espontânea de meu amigo Messias que com sua honestidade de sentimentos conquista uma legião de amigos e fãs! Acima de tudo vou sempre agradecê-lo por apresentar para este seu parceiro de sonhos... “O Encantador Mundo dos Karaokês”!







* Rubens Alves Júnior é publicitário com pós-graduação em Teoria da Comunicação e atua há 24 anos nesse mercado, aprendiz de ator há um ano, sempre amante das artes e karaokistas há 4 anos!










As fotos acima são de publicação no ORKUT. Além de Messias estão comigo Noemy Caangi e na foto do grupo estão Cabral, Fairuz, Natália, Ana e Mara.

quarta-feira, 3 de março de 2010

Diversão e desinibição sem prenconceitos!

Para quem ainda não sabe, a palavra KARAOKE, de origem japonesa é composta por duas palavras: KARA que significa “vazio” e OKE que significa “orquestra”. O costume tradicional é cantar em volta de amigos, tomando saquê em rodízio como forma de relaxar junto aos seus entes queridos.

Lá no Japão cantar para os amigos é um ato cultural, natural, onde não se julga, necessariamente a qualidade vocal de quem canta. Lá, os que gostam de cantar, mas não possuem qualquer habilidade para tal, são chamados de GIAN. Num "nível" acima estão os artistas de karaokês que se especializaram numa canção específica e apostam tudo nessa música para mostrar o seu talento. A esses dão o nome de OHAKO, que significa "18th", e é uma referência às 18 peças do kabuki. E por fim, os K-KING e K-QUEEN que são sem mais nem menos os reis do karaokê.


No Brasil, o karaokê ainda é visto por muitos com certa resistência, ou seja, entendem que é um lugar apenas para quem “sabe” cantar e acabam resistindo à curiosidade de conhecerem o local, o que é uma pena, pois karaokê é um excelente lugar para se fazer novos amigos, descontrair e se divertir, dentre outros benefícios que abaixo vou citar.

Claro que ao iniciar a freqüência num karaokê a vergonha e o receio de cantar mal, existe, mas isso é o que menos importa. Como disse de maneira muito feliz o nosso querido Cabral em sua entrevista para este blog, freqüentar karaokê é para muitos, terapia, uma vez que o ato de cantar desenvolve e desinibe as pessoas, ao ponto de se tornarem mais simpáticas e agradáveis no seu dia-a-dia, independentemente do trabalho que exerça. Isso aconteceu comigo, por isso me sinto à vontade para falar desse assunto e contar a vocês os frutos dessa desinibição.

Por muito tempo, trabalhei num segmento onde a minha concentração era total e trabalhava em média, 14 horas por dia. Isso, aliado ao meu caráter me fazia uma pessoa muito, mas muito séria, com poucos sorrisos, afastando até sem querer, novos contatos, novas amizades e o meu nível de “stress” era muito alto, ao ponto de meu médico aconselhar a procurar algo que me desse satisfação, prazer, fora do trabalho. Daí então, por sempre amar a música, comecei, de maneira muito tímida a freqüentar karaokês.

Gostei tanto de sentir a energia daquelas pessoas que me interessei em fazer cursos de canto e interpretação, onde na maioria das vezes, meus exercícios eram “sorrir”.. “gargalhar”. A princípio achava aquilo muito estranho, mas como aluna aplicada que sou...rs... atendia aos meus professores e com o passar do tempo, pude perceber a falta que o riso fazia em minha vida - e mais, a melhora que obtive em todos os setores dela -, quando aprendi a sorrir e até mesmo a soltar as minhas gargalhadas. Como se isso não bastasse eu passei a trabalhar numa outra área, onde atuo até hoje como palestrante e consultora e a desenvoltura dos palcos de karaokês contribuíram demais para a minha profissão hoje como palestrante.

Parte do meu trabalho, hoje, se dá junto aos RHs de empresas de médio e grande porte e numa de minhas visitas recentes, fui surpreendida com a declaração de uma gerente de RH, de que as festas que sua empresa promove nos finais de ano, em karaokês é para descontração e integração, claro que sim, mas também servem para analisar de maneira muito direta o comportamento do profissional diante do improviso, de uma situação onde ele é pego de surpresa quando pedem para que ele suba no palco e cante. Olha aí... essa eu nunca tinha ouvido!!!! Portanto, está mais do que provado de que karaokê é lugar para conhecer novas pessoas, se descontrair, treinamento para aceitação de um desafio e outras particularidades positivas!

Um outro preconceito que também existe é o de que diversas pessoas ainda enxergam o karaokê como um programa “brega”. Como se lá, só freqüentassem pessoas desinformadas, desarrumadas, feias e que não têm nada melhor para fazer . Ou então, um lugar extremamente competitivo, onde as pessoas que cantam muito se exibem e quem não canta tem receio de se expor. Como a própria palavra diz, é um PRÉ CONCEITO. E para acabar com ele, convido a vocês, GIANS (assim chamados pelos japoneses) ou simplesmente a vocês que buscam uma noite agradável com pessoas divertidas para conhecerem uma noite num dos bons karaokês que existem em São Paulo. Eu aposto que você vai aceitar o desafio e deixar fluir a emoção de cantar. Sua alma vai lhe agradecer!!!!!



Abraços a todos,







* Bacharel em Letras e em Direito – Especialista em Direito do Consumidor - Palestrante e Consultora para Assuntos de Empregabilidade da Pessoa com Deficiência... e karaokista há 10 anos!!!!




As fotos aqui publicadas são de arquivo pessoal da articulista. Em uma delas faz dueto com sua filha Natália di Maio. Outra retrata uma pequena amostra de alguns amigos de sua grande rede de ralacionamentos. Uma foto especial mostra Mara di Maio em uma apresentação em teatro. Mara di Maio, também, aparece cantando com a marca DoReMi Karaokê ao fundo.